Revista Pesquisas e Práticas Psicossociais
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<span>Pesquisas e Práticas Psicossociais é uma publicação eletrônica, de acesso aberto na internet, mantida pelo Laboratório de Pesquisa e Intervenção Psicossocial e pelo Programa de Mestrado em Psicologia da Universidade Federal de São João Del-Rei (LAPIP/PPGPSI/UFSJ), Minas Gerais. Recebeu conceito B2 na avaliação QUALIS divulgada em 2016. Sua missão é publicar artigos originais relacionados a processos psicossociais e socioeducativos, com o objetivo de difundir e debater avanços e inovações nessa área. A revista tem três edições por ano. Contribuições podem ser enviadas nas seguintes categorias: relato de pesquisa, estudo/ensaio teórico, relato de prática, revisão crítica da literatura, comunicação breve, cartas, resenhas, notícias sobre o campo de estudo, debates, entrevistas e traduções autorizadas. As normas estão no site: </span><span><a href="http://www.seer.ufsj.edu.br/index.php/revista_ppp/about/editorialPolicies#sectionPolicies" target="_blank" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-BR&q=http://www.seer.ufsj.edu.br/index.php/revista_ppp/about/editorialPolicies%23sectionPolicies&source=gmail&ust=1507041854700000&usg=AFQjCNFEsDFT9edE3_KebN2h0HkHJn9dmg">http://www.seer.ufsj.edu.br/index.php/revista_ppp/about/editorialPolicies#sectionPolicies</a><br /></span>pt-BRRevista Pesquisas e Práticas Psicossociais1809 - 8908<p>Declaro que o trabalho submetido à Revista Pesquisas e Práticas Psicossociais, mantido pelo Laboratório de Pesquisa e Intervenção Psicossocial e pelo Programa de Mestrado em Psicologia da Universidade Federal de São João del-Rei (LAPIP/PPGPSI/UFSJ), não foi publicado previamente e comprometo-me a não submetê-lo a outra publicação enquanto estiver em processo de avaliação nem após publicado por essa revista.</p><p>Declaro que o trabalho é original e que seu conteúdo é fruto de minha contribuição intelectual. Todas as citações e referências a materiais já publicados estão identificadas com seus respectivos créditos e estão incluídas nas referências bibliográficas com as autorizações dos detentores de direitos autorais.</p><p>Cedo os direitos autorais à Revista Pesquisas e Práticas Psicossociais e me responsabilizo por reclamações ou processos relativos a direitos de propriedade intelectual, isentando de responsabilidade a Universidade Federal de São João del-Rei.</p><p>No caso do artigo ser aprovado, autorizo a Revista Pesquisas e Práticas Psicossociais, a editá-lo, exibi-lo e distribuí-lo no Brasil e no estrangeiro, pela internet ou em outras mídias.</p><p>Concordo e aceito os termos desta declaração.</p><p> </p><p><strong>Revista Pesquisas e Práticas Psicossociais</strong><br />Laboratório de Pesquisas e Intervenção Psicossocial (LAPIP)<br />Departamento de Psicologia, UFSJ</p><p>Praça Dom Helvécio 74, Bairro Dom Bosco<br />CEP: 36.301-160 - São João del-Rei, Minas Gerais, Brasil.</p><p>E-mail: [email protected]<br />Telefone: (32) 3379-2492</p>Entre grades e macas:
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<span>Os “Loucos” são, historicamente, considerados um risco à sociedade. A literatura aponta que essa parcela da população vem sofrendo por anos com a desassistência em seus direitos elementares, lançados aos manicômios e em presídios, sem oportunidade de tratamento adequado. Quem são essas pessoas? Essa indagação nos motivou ao objetivo de compreender as características da população com transtorno mental que estão em cumprimento de Medida de Segurança na Unidade de Custódia do Espírito Santo. Utilizamos a análise documental junto aos prontuários, o ethos cartográfico e a pesquisa como acontecimento, o que nos permitiu perceber os jogos de força e as estratégias de poder que orientam nossa percepção. Neste artigo relatamos a fase de análise documental. Obras de Foucault nos conduziram sobre o processo de construção da noção de louco como indivíduo perigoso, indigno de existência no espaço social. Percebemos que as histórias escritas não correspondiam à história completa e suas existências não se reduzem ao crime outrora praticado. </span>Luziane de Assis Ruela SiqueiraPriscila Simenc Rocha Lopes
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2022-12-052022-12-051711818Redução de Danos e o Cuidado de Usuários de Substâncias Psicoativas em uma Emergência Psiquiátrica
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<p>O objetivo desta pesquisa foi analisar os discursos e práticas dos profissionais em relação aos usuários de álcool e outras drogas de uma Emergência Psiquiátrica de uma cidade do interior do Estado do Paraná, com especial atenção às ações de Redução de Danos (RD). Para tanto, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com os profissionais do dispositivo de saúde. A pesquisa mostra que os discursos e práticas dos profissionais do serviço estão fundamentados em contradições e ambiguidades perpassadas ora pela perspectiva do proibicionismo, ora pelo cuidado pautado na Redução de Danos, o que evidencia a iminente necessidade de realizar ações de formação para atuação de profissionais na lógica da Atenção Psicossocial.</p>Carolina dos Santos GarbelottiDaniele de Andrade Ferrazza
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2022-11-292022-11-291711616Acompanhamento terapêutico no serviço residencial terapêutico:
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<span>A partir do final de 1970, o movimento da Reforma Psiquiátrica no Brasil passou a propor formas de cuidado comunitário e singularizado para pessoas com transtornos mentais. Com o fechamento de leitos em Hospitais Psiquiátricos, foram criados os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT), buscando oferecer moradia e propor inclusão social àqueles cujos laços sociais foram rompidos pela longa institucionalização. Neste contexto, o Acompanhamento Terapêutico (AT) vem se destacando como um dispositivo para compor aliança entre cuidado comunitário e inclusão social. O objetivo deste artigo é descrever a experiência do projeto de Extensão </span><span>“Acompanhamento Terapêutico em Saúde Mental: suporte para inclusão e (re) construção do cotidiano”, o qual realiza </span><span>ATs em um SRT do município de Curitiba. Para compilação e análise de dados foi utilizado o diário de campo, produzido durante os acompanhamentos. A partir da análise dos dados foram elencadas categorias temáticas, apresentando potencialidades e limitações do AT nesse contexto.</span>Luís Felipe FerroBeatriz Benício dos Santos
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2022-11-302022-11-301711717O Ser Mãe de um Filho com Doença Crônica:
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A emergência de uma doença crônica na infância ou adolescência, impõe uma rotina de cuidados que são atribuídos como responsabilidade materna na família. Investigou-se as repercussões do cuidar para as mães, cujos filhos têm alguma doença crônica e são acompanhados por um hospital de Vitória/ES. Realizou-se uma pesquisa qualitativa que entrevistou 8 mães, em sua maioria negras, com uma renda média de 2 salários mínimos mensais. As entrevistas foram submetidas à análise de conteúdo e emergiram as seguintes categorias:<strong> </strong>A emergência do diagnóstico; Mudanças na vida da mulher-mãe após o diagnóstico; Concepções de cuidado e responsáveis por ele; Impactos do cuidado para a mulher-mãe; Como se dá a participação do pai no cuidado do filho (a)?; O hospital como local de suporte. Conclui-se que mães continuam sendo as principais cuidadoras, sendo impactadas negativamente pelo diagnóstico da doença e principalmente, por não ter com quem compartilhar os cuidados com o filho.Rovena Milbratz MartinsLuciana Bicalho Reis
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2022-11-282022-11-281711717Estigmas relacionados ao design da cadeira de rodas
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A cadeira de rodas é considerada um símbolo de deficiência, causando insatisfação a seus usuários. O objetivo geral deste estudo foi identificar os principais estigmas relacionados ao design da cadeira de rodas. A pesquisa é de gênero teórico e metodológico, de natureza básica e exploratória. Quanto aos procedimentos técnicos é uma pesquisa bibliográfica. Foram selecionados nove estudos de campo que envolvem pessoas com e/ou sem deficiência na compreensão do significado atribuído a cadeira de rodas. Verificou-se que o olhar diferenciado e o sentimento de compaixão das pessoas sem deficiência foram as principais relações com o estigma do produto. O design da cadeira de rodas hospitalar é o que mais transmite emoções negativas. Observou-se ainda que estudos qualitativos se mostraram mais eficazes na compreensão do estigma. Acredita-se que sejam necessárias mudanças expressivas no design das cadeiras de rodas para reduzir sua estigmatização.Michele BarthJacinta Sidegum RennerMarcus Levi Lopes Barbosa
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2022-12-052022-12-051711717Os lutos das mulheres aprisionadas referentes aos relacionamentos afetivo-sexuais
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<p>O aprisionamento traz inúmeras perdas para as pessoas encarceradas, sobretudo, para as mulheres, que enfrentam barreiras para a manutenção dos vínculos afetivo-sexuais com os(as) companheiros(as), além de serem frequentemente abandonadas. O presente artigo visa compreender as perdas referentes aos relacionamentos afetivo-sexuais das mulheres aprisionadas. Realizou-se uma pesquisa qualitativa em um presídio misto, onde foram conduzidos seis estudos de caso. Os dados foram analisados por meio dos seguintes referenciais teóricos: Teoria do Apego, de John Bowlby; perdas ambíguas, conforme Pauline Boss; lutos não reconhecidos, segundo Kenneth Doka. Através da análise, constatou-se que grande parte das perdas são ambíguas, caracterizadas pela falta de clareza acerca do que foi perdido. O apontamento das perdas ambíguas e a nomeação do luto como não reconhecido poderá auxiliar na validação social e intrapsíquica desse processo, contribuindo para o seu enfrentamento pelas mulheres aprisionadas e construção de uma sociedade que reconhece o luto em suas diferentes manifestações.</p>Ana Cristina Costa FigueiredoMárcia Stengel
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2022-11-302022-11-301711818A Psicologia Social Comunitária e as Epistemologias do Sul:
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<p>O presente ensaio busca comentar as principais aproximações entre a Psicologia Social Comunitária e as Epistemologias do Sul, a partir de perspectivas pós-coloniais. Além disso, pretende-se problematizar os desafios desses campos de conhecimento no desenvolvimento de práticas capazes de contribuir para a emancipação das populações oprimidas. Na primeira parte, propõe-se contextualizar o surgimento e desenvolvimento da Psicologia Social Comunitária no Brasil. Na segunda, são apresentadas as Epistemologias do Sul, suas críticas e contribuições. Em seguida, são discutidas algumas aproximações entre a Psicologia Social Comunitária e as Epistemologias do Sul. Por fim, são problematizados alguns desafios para o desenvolvimento de uma práxis emancipatória em contextos neoliberais.</p>Maximiliano RodriguesAndréa Moreira LimaMarcos Vieira Silva
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2022-12-052022-12-051711212Medicalização na infância:
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<p>Nas últimas décadas, tem-se observado um aumento das prescrições medicamentosas, fenômeno relacionado ao processo mais amplo de medicalização da sociedade, que consiste na transformação de questões e dificuldades corriqueiras da vida em objetos de intervenção exclusivamente médica. Nesse escopo, tal processo de medicalização também tem se inserido nos espaços escolares, sobretudo à procura de indivíduos que não atendam às expectativas de comportamento e aprendizagem. Diante disso, a presente pesquisa analisou prontuários de crianças encaminhadas a um Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPSi) de um município do norte do Paraná, com o intuito de investigar os fatores determinantes da prescrição de psicofármacos, principalmente nos casos diagnosticados com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Por meio dos resultados da pesquisa, foi possível perceber que a educação tem se amparado no uso de diagnósticos psiquiátricos e medicações com a pretensão de suprimir as diversidades subjetivas que constituem o espaço escolar e amenizar questões que seriam do âmbito pedagógico.</p>Jackeline Santos Neves SilvaDaniele de Andrade FerrazzaHilusca Alves Leite
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2022-12-122022-12-121711919Assistência ao Parto Hospitalar em Belo Horizonte:
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<p class="Padro">O PET-Saúde – Rede Cegonha em Belo Horizonte buscou conhecer a vivência das mulheres na assistência à saúde durante o período gravídico. Para tal, na perspectiva da história oral, foram entrevistadas e acompanhadas 22 mulheres grávidas usuárias do SUS, residentes em uma região da cidade de alto risco. Como objetivo de ampliar e problematizar a política de humanização do parto e as práticas de enfrentamento da violência obstétrica, resgatamos nas narrativas das mulheres elementos sobre a vivência na maternidade e recortamos aqui a experiência delas em quatro etapas: a) a chegada na maternidade; b) O pre-parto e suas dores; c ) Procedimentos no parto e d) o acesso às informações e consentimento para as intervenções. A discussão se localiza no interior de uma política ampla de Saúde da Mulher que, apesar de todos os avanços, ainda naturaliza a maternidade e hospitaliza o parto, distanciando-se da proposta de humanização que é capturada na assistência às mulheres. </p>Cassia BatistaClaudia NatividadeLetícia Gonçalves
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2022-11-292022-11-291711515Entre as delicadezas e as agruras do cotidiano das ruas:
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<p>Diante do atual cenário político e social de desinvestimentos nos serviços públicos de saúde mental e das sucessivas tentativas de desmonte da Rede de Atenção Psicossocial, este manuscrito tem como objetivo apresentar e discutir a trajetória coletiva de uma equipe de Consultório na Rua. Esta pesquisa está inserida no espectro das pesquisas participativas. Adotaram-se como estratégias metodológicas a observação participante, o diário de campo, as entrevistas narrativas (com usuários e profissionais) e os grupos de discussão com os profissionais de uma equipe de Consultório na Rua. Nessa trajetória vislumbramos as dificuldades vivenciadas por essa equipe em seus processos de trabalho e sua importante função de acolher a população de rua, de um modo geral, e usuários de drogas, especificamente. Ao acolher, seja nas ruas seja na base fixa, promove a desconstrução de noções naturalizadas de rede e de acolhimento.</p>Moises Romanini
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2022-11-302022-11-301711919Possíveis desdobramentos do ambiente de luto na velhice:
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<p>A partir de nossa experiência enquanto psicólogas do Programa de Residência do Núcleo de Atenção ao Idoso (NAI/UnaTI/UERJ), selecionamos duas das principais demandas de encaminhamentos dirigidos aos profissionais de psicologia: as queixas de esquecimento e o diagnóstico de depressão. Nossa aposta metodolNossos pressupostos teórico-clínicos foram as coordenadas contidas nas obras de Freud e no ensino de Lacan, assim como nos comentadores de ambos. Nossa aposta metodológica foi a feitura de uma revisão da literatura produzida acerca do tema, sobretudo no que diz respeito ao luto e às questões impulsionadas pelo envelhecimento, que fossem ao encontro de nossa experiência. Assim, por meio de nossa experiência, analisamos que não é incomum que os episódios de esquecimento e o diagnóstico de depressão se deem em meio a um ambiente de luto.</p><p> </p><p><strong>Palavras-chave: </strong>psicanálise; velhice; luto.</p>Ester Benedita Santos CavalcanteMaria Isabel Rosa da Silva Arello
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