Analytica: Revista de Psicanálise
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<p><strong>Linha editorial</strong></p> <p style="text-align: justify;">A <em>Analytica: Revista de Psicanálise</em> tem como finalidade publicar investigações/desenvolvimentos teóricos, relatos de pesquisa, debates, entrevistas e resenhas que contenham análises, críticas e reflexões sobre temas, fatos e questões a partir do referencial psicanalítico. Publica também artigos voltados à interlocução entre a psicanálise e outros campos de saberes - como a filosofia e as ciências sociais - igualmente dedicados ao pensamento sobre a sociedade e a cultura. As propostas para publicação devem ser originais, não tendo sido publicadas em qualquer outro veículo do país. Publicam-se artigos em quatro línguas: português, espanhol, inglês e francês.</p> <p><strong>Editorial line </strong></p> <p>The <em>Analytica: Revista de Psican´álise</em> goals to publish research / theoretical developments, research reports, debates, interviews and reviews that contain analyzes, critiques and reflections on issues, events and issues from psychoanalysis. It also publishes articles focused on the dialogue between psychoanalysis and other fields of knowledge, such as philosophy and social sciences, also dedicated to thinking about society and culture. Proposals for publication must be original and has not been published in any other vehicle in the country. Articles are published in four languages: portuguese, spanish, english and french.</p> <p><img src="http://periodicos.ufsj.edu.br/public/site/images/lepidus/mceclip0-1fe643dba5f2f9afa27a6d46aec02ce3.jpg" alt="" width="640" height="599" /></p>UFSJpt-BRAnalytica: Revista de Psicanálise2316-5197Decifrando o Real em Lacan: uma análise crítica de A paixão pelo impossível
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<p>A resenha do livro <em>A paixão pelo impossível: preâmbulos do conceito de real no ensino de Jacques Lacan</em>, de Wilson Camilo Chaves, publicado em 2021, investiga a complexidade do conceito de Real na teoria lacaniana. A questão central é sobre a natureza do Real em Lacan e sua evolução ao longo de seu trabalho. O objetivo é analisar criticamente a abordagem de Chaves sobre esse tema, revelando as camadas de significado e a progressão do conceito de Real. A metodologia empregada é uma análise crítica detalhada, tanto da argumentação do autor quanto da contextualização teórica e histórica do conceito. Os principais resultados do livro apresentam uma análise detalhada do Real, desafiando interpretações tradicionais e ampliando a compreensão desse conceito ao retomar as produções textuais de Lacan, incluindo seus <em>Escritos</em> e <em>Seminários</em>. Chaves também incorpora <em>insights</em> de sua dissertação de mestrado, proporcionando uma perspectiva longitudinal e multifacetada sobre a teoria lacaniana. Nas considerações finais, o livro se destaca como um marco na literatura psicanalítica e filosófica, oferecendo uma leitura indispensável para estudiosos da teoria lacaniana. A abordagem meticulosa de Chaves, combinada com seu rigor teórico, desafia o leitor a reexaminar concepções preestabelecidas e torna temas psicanalíticos complexos acessíveis. Assim, a obra não apenas esclarece aspectos fundamentais da teoria lacaniana, mas também ilumina novos caminhos para a interpretação e aplicação prática da Psicanálise moderna, contribuindo significativamente para o aprofundamento da discussão acadêmica sobre Lacan.</p>Elizabeth Fátima Teodoro
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2024-10-252024-10-25132410.69751/arp.v13i24.5555Perdendo o chão: enlaces entre o luto e o lar
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<p>A partir de algumas reflexões psicanalíticas acerca das manifestações do luto, este artigo visa traçar caminhos possíveis para pensar a relação dos sujeitos enlutados com a morada anteriormente compartilhada. De que formas o lar atravessa o sujeito em trabalho de luto frente à ausência do objeto de amor perdido? Visando enfrentar esta questão, buscamos pensar o luto em Freud, Lacan e Allouch em suas ressonâncias com as poéticas do espaço e da paisagem de Bachelard e Collot, respectivamente. Observamos que o lar não se restringe à materialidade da casa, sendo uma construção simbólico-imaginária edificada em conjunto por seus moradores. A perda de um dos elos dessa criação demanda um sacrifício e uma reconstrução, de modo que o lar precisará ser reinventado pelo enlutado desde outro lugar simbólico e, algumas vezes, também desde outro lugar literal.</p>Andressa Dahmer ColbalchiniAmadeu de Oliveira Weinmann
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2024-10-252024-10-25132410.69751/arp.v13i24.4940De afeto a transtorno: a patologização da angústia
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<p>Neste artigo, desenvolvemos uma discussão sobre o tratamento da angústia na clínica psicanalítica e psiquiátrica. Por um lado, a angústia é uma expressão subjetiva que Freud chamou de afeto; por outro, trata-se de um sintoma a ser eliminado. Investigaremos o movimento de patologização que transformou a angústia em transtorno de ansiedade, ao levantar o histórico desse fenômeno nos manuais de classificação de doenças e transtornos – DSM e CID. Comparamos as abordagens sobre angústia tanto em psicanálise quanto em psiquiatria, considerando as noções da teoria lacaniana de angústia enquanto afeto e sua relação com o sintoma: não o sintoma a ser extirpado, mas decifrado. Seguimos a indicação de Jacques Lacan de não tomarmos angústia e sintoma como sinônimos, tampouco angústia e transtorno de ansiedade. Destacamos, entretanto, que o sintoma pode ser uma via de tratamento da angústia em análise. Ao concluir, consideramos a proposta lacaniana de sintomatização da angústia como modo de tratamento deste afeto, tal como a conversão em fobia.</p>Alyne Pinto RibeiroMarcus André Vieira
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2024-10-252024-10-25132410.69751/arp.v13i24.4950Dos textos pré-psicanalíticos até O homem dos ratos: continuidade e transformação da concepção de neurose obsessiva
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<p>Este artigo pretende demonstrar que, mesmo com as alterações nos fundamentos da teoria freudiana, muito daquilo formulado sobre a neurose obsessiva nos textos pré-psicanalíticos permaneceu, mesmo que em certa medida alterado, integrante da definição de neurose obsessiva na primeira tópica. Para isso, examina-se como essa afecção foi definida nos primeiros textos pré-psicanalíticos, quando era considerada uma neuropsicose de defesa e sua etiologia era localizada na experiência de sedução. Nesse percurso, percebe-se que a clínica das obsessões desempenhou importante papel no abandono da teoria da sedução e fundação da primeira tópica ao fornecer os indícios da existência e potência dos desejos edípicos no psiquismo. A partir de uma análise do caso <em>O homem dos ratos </em>são identificadas diversas noções que foram antecipadas nos textos pré-psicanalíticos sobre as obsessões. Dentre elas destaca-se o mecanismo de deslocamento; a concepção de sintoma como retorno do recalcado e formação de compromisso; os sintomas obsessivos como autorrecriminações transformadas relacionadas à sexualidade.</p>Ana Sofia Horst BezuskaNadja Nara Barbosa Pinheiro
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2024-10-252024-10-25132410.69751/arp.v13i24.5003Pelo Prisma de Zurique: Os papéis de Jung na construção e disseminação da Psicanálise
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<p>A míope visão ainda veiculada por áreas afins à psicologia, que pensam a figura de Jung enquanto mero dissidente do movimento psicanalítico, acaba por eclipsar a importância de sua participação na construção e disseminação da psicanálise enquanto teoria da psique e movimento internacional. Partindo desta concepção, é pleiteado neste escrito o realce da visão de Carl Jung quanto à gênese da Psicanálise. A retomada desta perspectiva contribui para o campo da História da Psicanálise ao afastar a simplificada e estereotipada narrativa que, por alguma razão, insiste em reforçar o fim da colaboração entre Sigmund Freud e Carl Jung no uso de termos como cisão e rixa, deixando, deste modo, de olhar para a construção comum de ambos. </p>Pablo Rwany Batista Ribeiro do Vale
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2024-10-252024-10-25132410.69751/arp.v13i24.4569Explorando a interseção da pesquisa e da fantasia na Psicanálise
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<p style="font-weight: 400;">O objetivo desse artigo é relacionar a pesquisa à fantasia em Psicanálise. Para tanto, primeiramente, discorreremos sobre a fantasia em Freud, desde a teoria da sedução, elaborada com a finalidade de responder ao enigma neurótico, até a descoberta da fantasia como formadora dos sintomas. Em segundo ponto, passaremos à fantasia como proteção ao Real conforme Lacan pontua. Como terceiro ponto, dissertaremos sobre a pesquisa em Psicanálise e sua relação com o psicanalista-pesquisador. A partir dessas balizas, proporemos que há uma relação entre a produção fantasística e as questões inconscientes do pesquisador.</p> <p style="font-weight: 400;"><strong>Palavras-chaves</strong>: fantasia, pesquisa, psicanálise.</p>Gessé Duque Ferreira de OliveiraRubens Díodoro Ferreira Cardoso
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2024-10-252024-10-25132410.69751/arp.v13i24.5143As incidências do Supereu na Melancolia e suas consequências clínicas
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<p>O objetivo do artigo é apresentar importantes formulações teóricas acerca da incidência do supereu na melancolia. Freud, em suas considerações, aponta a especificidade do supereu na melancolia, que sofre de modo bastante feroz com a culpa produzida por essa instância. Observando a construção da compreensão clínica da melancolia desde os Antigos Gregos até a Psiquiatria Moderna, pode-se observar a especificidade do tratamento freudiano, que resgata o termo “melancolia” em detrimento de “psicose maníaco-depressiva”, o que permite a ampliação do tratamento e da escuta do sujeito melancólico. A partir disso, observou-se a estruturação melancólica a partir da perda absoluta de um objeto que leva a um empobrecimento do Eu. Isto dá vazão a uma autopunição por parte do sujeito melancólico, que encontra no Supereu cruel sua principal via. Partindo do pressuposto de que a melancolia se localizaria no campo das psicoses, pode-se pensar num supereu mais próximo do Real, uma vez que não há na psicose um significante no Simbólico que balize sua crueldade, o que leva o sujeito a se submeter completamente ao ordenamento do Outro, tomado como voz, sem se localizar como sujeito desejante diante desse Outro. Este ocupa um lugar de surdo ao não direcionar seu desejo ao sujeito, impossibilitando o sujeito mesmo de localizar-se em seu desejo. É subvertendo este lugar diante da transferência, que é possível ao analista sustentar uma escuta e ao sujeito melancólico, uma fala.</p> <p><strong>Palavras-chave: </strong>Melancolia. Supereu. Psicanálise. Voz. Psicose.</p>Lucas Pereira LucenaFilipe Ramalheiro Venâncio de Souza
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2024-10-252024-10-25132410.69751/arp.v13i24.5115A política do método psicanalítico
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<p>Partimos da premissa que há, desde Freud, um contínuo movimento rumo a construção de uma psicanálise que subverte e resiste às intempéries de seu tempo. Compreendemos que uma das subversões da psicanálise está diretamente associada à invenção do método psicanalítico. Com isso, esse artigo tem como objetivo localizar a política engendrada no método da psicanálise no contexto das pesquisas científicas. Concebemos que a política do método se vincula à capacidade de (re)introduzir a palavra ao sujeito no próprio âmbito do discurso da ciência. Circunscrevemos essa política associada à construção de casos clínicos. Delineamos que tanto a inclusão do sujeito no discurso da ciência quanto a transformação da teoria da psicanálise agregam a política engendrada pelo método psicanalítico. Alçamos que a política envolvida na construção de casos clínicos permite seguir as mutações da subjetividade do ser ao acompanhar as mudanças do seu tempo. Concluímos que a pesquisa em psicanálise que retorna aos territórios, que se inclina ao modo como o sujeito têm se apresentado no contemporâneo, continua atestando uma via de reconsiderar o sujeito, e sua palavra, no âmbito clássico das ciências, quiçá mantendo vivo e resistente, na diferença aos outros saberes, o fazer psicanalítico.<strong></strong></p>Isabela Nunes Pizzotti FerreiraJoão Luiz Leitão Paravidini
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2024-10-252024-10-25132410.69751/arp.v13i24.4558Por uma outra relação entre a loucura e o crime: possibilidades a partir da psicanálise
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<p>Ao longo dos últimos séculos, a prática mais comum no tratamento da loucura em conflito com a lei tem sido a institucionalização. Nesse contexto, a inimputabilidade penal e o cumprimento da medida de segurança são determinações jurídicas hegemônicas. Tais medidas implicam na retirada de alguns direitos fundamentais e reduz os potenciais de sociabilidade das pessoas consideradas inimputáveis. Nesse sentido, o objetivo do trabalho é desenvolver uma crítica teórica e pragmática ao tratamento institucional, utilizando a psicanálise como forma de pensar uma outra relação entre a loucura e o crime. Compreendemos que, a partir desse campo é possível incluir a retificação e a responsabilidade subjetiva como horizontes no tratamento jurídico. Demonstrando na prática do contexto brasileiro como é possível ultrapassar o modelo manicomial de tratamento das pessoas que em estado de sofrimento psíquico entram em conflito com a lei.</p>Raquel Moreira LimaTiago Iwasawa Neves
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2024-10-252024-10-25132410.69751/arp.v13i24.4193Psicanálise, o Pulsional e a Coletividade: A Escuta da História Brasileira Projetada por Bacurau
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<p>Este artigo tem como objetivo materializar uma pesquisa em psicanálise extramuros sobre a obra cinematográfica Bacurau (2019). Escutou-se esse filme como um caso clínico, considerando-o uma potente produção artística passível de interpretações fundadas nos conceitos de uma psicanálise clínica, política e social. A partir disso, vislumbrou-se desdobrar as mensagens transmitidas pelo enredo de Bacurau para promover diálogos teóricos sobre as possibilidades de vida no coletivo, os elementos violentos próprios dos processos de colonização no Brasil e o respeito às alteridades. As transferências dos autores com essa expressão artística mobilizaram outros e novos sentidos sobre as temáticas exploradas. Por isso, articula-se como escutar Bacurau e seus paralelos com a história brasileira podem produzir saberes socialmente significativos para a invenção de mundos fundados no respeito às diferenças.</p>Pedro Valentim EccherGustavo AngeliGustavo da Silva Machado
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2024-10-252024-10-25132410.69751/arp.v13i24.4339Ter e ser um corpo a partir do estádio do espelho: entre a unidade e a fragmentação
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<p>O objetivo deste artigo é discutir as relações entre o problema sobre <em>ter</em> e <em>ser</em> um corpo, e o problema sobre unidade e fragmentação corporal em psicanálise. Para isso, consideraremos as formulações lacanianas especialmente a partir das reflexões sobre o <em>estádio do espelho. </em>Além disso, abordamos a questão também por um viés histórico-filosófico, com o intuito de ampliar o campo de compreensão e sentido. Por fim, buscamos uma articulação com um recorte estético, no campo das artes.</p> <p> </p>Thiago BorgesMárcia Rosa
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2024-10-252024-10-25132410.69751/arp.v13i24.5100Editorial
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Tatiane Regina Assis Sousa
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2024-10-252024-10-25132410.69751/arp.v13i24.5554