Medicalização na infância:
trajetórias de crianças em um Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil
Palabras clave:
Medicalização, Educação, Infância, Psicologia SocialResumen
Nas últimas décadas, tem-se observado um aumento das prescrições medicamentosas, fenômeno relacionado ao processo mais amplo de medicalização da sociedade, que consiste na transformação de questões e dificuldades corriqueiras da vida em objetos de intervenção exclusivamente médica. Nesse escopo, tal processo de medicalização também tem se inserido nos espaços escolares, sobretudo à procura de indivíduos que não atendam às expectativas de comportamento e aprendizagem. Diante disso, a presente pesquisa analisou prontuários de crianças encaminhadas a um Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPSi) de um município do norte do Paraná, com o intuito de investigar os fatores determinantes da prescrição de psicofármacos, principalmente nos casos diagnosticados com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Por meio dos resultados da pesquisa, foi possível perceber que a educação tem se amparado no uso de diagnósticos psiquiátricos e medicações com a pretensão de suprimir as diversidades subjetivas que constituem o espaço escolar e amenizar questões que seriam do âmbito pedagógico.
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